Na noite de 20/12/2010 pegamos um vôo de Bangkok para Delhi. Assim, retornamos à India, depois de meses viajando pelo Sudeste Asiático. Aterrisamos diretamente na capital indiana, Delhi, uma cidade enorme, tumultuada, suja, etc., enfim, que consegue reunir grande parte das características que não nos agradam em uma cidade. No entanto, ainda assim, estávamos bastante eufóricos de estar novamente neste país que tanto nos impressionou. Estávamos ansiosos em relembrar todas as comidas e sabores. E contentes também de sentir todas as sensações (boas e ruins) que um simples caminhar pelas ruas pode oferecer. Já razoavelmente experientes de como as coisas funcionam na India, não tivemos grandes problemas em nossa chegada e resumimos nossa passagem por Delhi ao mínimo necessário para organizar as coisas e seguir adiante.
Chegando no aeroporto de Delhi, pegamos um taxi até a Main Bazaar Street, no bairro Paharganj, onde está a maior parte dos guesthouses baratos, em que costumam ficar os mochileiros. Já era mais de meia noite quando chegamos e a Main Bazaar Street estava totalmente morta e apagada, se não fosse pelos mendigos que se aqueciam ao lado de fogueiras na rua. Buscamos nosso hotel e, após tensa negociação de valores com o cara da recepção, que queria (como é de costume) aplicar um preço maior do que o combinado, finalmente nos instalamos em um quarto e desmaiamos cansados na cama. Bem-vindos, de volta à India!
No dia seguinte (21/12) caminhamos até a New Delhi Train Station, que está no início da Main Bazaar Street e compramos nossa passagem para Haridwar. Aproveitamos o dia para passear um pouco pela região da Main Bazaar Street, pois logo já estávamos deixando Delhi. De noite fomos de rickshaw até a Old Delhi Train Station, de onde ia sair nosso trem. O caminho até a estação parecia um passeio pelo umbral: Um congestionamento infernal de carros e pessoas pelas ruas; pessoas carregando cargas enormes nas costas ou puxando carroças; as ruas sem pavimentação levantavam uma poeira enorme formando uma névoa; as ruas escuras, sem iluminação; as fogueiras acesas nas ruas pelos mendigos. O motorista do nosso rickshaw lutava para conseguir avançar em meio ao caos. Chegamos até a ficar preocupados com o horário. Mas felizmente conseguimos cruzar o umbral e chegar a tempo na estação. Assim, embarcamos rumo à Haridwar, deixando Delhi para trás.
Main Bazaar Street, onde, além de muitas lojas e comércio, está grande parte dos guesthouses onde os turistas costumam ficar.
Este faz orações para seus clientes.
DICAS:
- As passagens de trem podem ser compradas na New Delhi Train Station, no International Tourist Bureau, no primeiro andar do prédio principal.
- É difícil indicar algum hotel em Delhi. Os preços são muito acima da média encontrada na India e a qualidade é muito baixa. Nesta primeira vez que ficamos em Delhi, dormimos no Ajay Guesthouse, onde o quarto duplo com banheiro dentro custou 850 rúpias. Este foi o maior valor que já pagamos por algum hotel na India (e a qualidade deixa a desejar, comparando-se com diversos outros lugares onde ficamos na India). Quando voltamos para Delhi, cerca de um mês e meio depois, ficamos em outro hotel, chamado Hare Rama Guesthouse, que está logo em frente do Ajay. Neste hotel pagamos 400 rúpias por um quarto com banheiro dentro (o preço é menor e a sujeira é maior). Ambos estão em uma pequena travessa, praticamente na Main Bazaar Street.
- Um dólar vale cerca de 43 rúpias.
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