O Andarilho

No dia 07/10/2013, eu, a Deise e nosso filho Theo saímos de Porto Alegre para uma viagem de carro de quatro dias. A idéia era subir pela serra gaúcha e catarinense e retornar pelo litoral. Nesse primeiro dia de viagem subimos até São Francisco de Paula, onde caminhamos um pouco pela cidade e almoçamos um pastel, e seguimos até Bom Jesus, onde paramos novamente. Andamos um pouco pela praça central e tomamos um café. Depois continuamos a viagem até São José dos Ausentes.

Paramos no centro de informações turísticas, que fica logo na entrada da cidade, e pegamos algumas dicas sobre as pousadas. Em seguida passamos pelas três opções de pousada disponíveis dentro da cidade para pesquisar os preços e nos instalamos numa delas. Já era final de tarde, a temperatura estava caindo e ventava. Por isso nem saímos para dar uma caminhada pela cidade com o bebê. Ficamos dentro da pousada mesmo e de noite pedimos para entregarem uma pizza.

A mínima foi de zero grau. Foi uma noite fria para essa época do ano. No dia seguinte (08/10) tomamos o café-da-manhã e deixamos a pousada cedo. Seguimos pela estrada de terra no rumo norte. Passamos pelo povoado de Silveira e logo adiante pegamos uma bifurcação da estrada à direita em direção ao Cânion Monte Negro.

Chegando no cânion estacionamos o carro no final da estradinha de terra de acesso e caminhamos por mais alguns minutos. Levei o Theo no colo, que ficou bem empolgado com a caminhada no mato. Na verdade acredito que o bebezinho capta a empolgação e a energia dos pais. Chegamos na beira do cânion, tiramos fotos e andamos um pouco pelos arredores. Estava um lindo dia, um belo visual. Melhor seria apenas se tivéssemos conseguido subir no alto do Monte Negro (1406m), ponto culminante do Rio Grande do Sul. Não encontramos nenhuma trilha clara de acesso ao topo do morro, e ficava um pouco complicado fazer grandes explorações com o bebê no colo.

O vento soprava forte e frio na beirada do cânion. Então também não ficamos muito tempo parados lá curtindo o visual, para não maltratar a saúde do bebê. Foi uma visita relativamente rápida. Voltamos para o carro e continuamos nossa viagem.

Deixando o cânion, nossa idéia era pegar uma estrada que vai até Bom Jardim da Serra, chegando no asfalto e então já descer no mesmo dia para o litoral. Porém, um descuido na hora de olhar as placas nas bifurcações, logo na saída do cânion, nos fez pegar o caminho errado. E o pior é que demoramos para perceber o erro. Aos poucos a estrada foi ficando mais estreita, com mais buracos e mais pedras. Começamos a desconfiar. Até que de repente a estrada terminou em uma casa dentro de uma fazenda. Felizmente tinha gente lá, que nos explicou o erro. Mas não tivemos outra solução senão voltar todo o caminho. Indo e voltando, perdemos cerca de uma hora e meia nesta estrada errada. Um tempo precioso para conseguir chegar no litoral sem ter que viajar de noite. Então mudamos os planos. Desistimos de ir para Bom Jardim da Serra e seguimos rumo à São Joaquim. Foram mais umas boas horas de viagem por estrada de terra. Cruzamos o Rio Pelotas, que faz a fronteira dos estados do Rio Grande do Sul e Santa Catarina, e continuamos até São Joaquim. Paramos na praça central da cidade, onde tem um centro de informações turísticas. Pedimos informações sobre pousadas e nos indicaram uma algumas quadras adiante da praça. Nos hospedamos nessa pousada, deixamos nossas coisas lá e depois saímos para dar uma volta a pé pela cidade. Era final de tarde. Logo que anoiteceu jantamos num restaurante. Depois voltamos para a pousada e fomos dormir.