Via Perdidos no Pântano - Pedra do Pântano - Andradas

A "Perdidos no Pântano" está na Pedra do Pântano, em Andradas-MG. É uma via de estilo tradicional, com proteções móveis e com um crux exigente.

- Perdidos no Pântano ( VIIa E3 40m; David Henrique, Roberto Lacaze)


Croqui da via Perdidos no Pântano (Pedra do Pântano, Andradas-MG)
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Via Pão Francês - Pedra do Pântano - Andradas

A "Pão Francês" foi a primeira via de escalada na Pedra do Pântano (Andradas-MG), cuja conquista iniciou-se em 1997. No entanto, não foi a primeira via a ser concluída até o cume, pois "Baguette Não" foi terminada antes.

A via segue uma linha natural da rocha, por uma grande canaleta, na parte central da Pedra do Pântano. É uma escalada de estilo tradicional, com um pouco de exposição em alguns trechos e com proteções mistas (fixas e móveis). É uma bonita via para quem curte este estilo de escalada.

- Pão Francês ( 5 VIsup E3 150m; Antoine, David Henrique, Renato Affonso, Roberto Lacaze)


Croqui da via Pão Francês (Pedra do Pântano, Andradas-MG)
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Via Baguette Não - Pedra do Pântano - Andradas

A "Baguette Não" foi a segunda via iniciada na Pedra do Pântano (Andradas-MG) e a primeira a ser concluída, dando acesso ao topo da pedra. É uma via de estilo bastante tradicional, que mescla vários tipos de escalada, do livre ao artificial, alternando proteções fixas e móveis. Vale a pena conhecer!

- Baguette Não ( 5 VI A1+ E2 150m; Filippo Croso, Renato Affonso, Roberto Lacaze)


Croqui da via Baguette Não (Pedra do Pântano, Andradas-MG)
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Escaladas no Brasil - 1999

No final de junho de 1999, eu (Roberto Lacaze) e o David Henrique saímos para uma viagem de escaladas em rocha pelo Brasil. Ao longo de aproximadamente 40 dias, viajamos de carro por São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro, parando nos principais pontos de escalada desses estados.
Escalamos quase todos os dias da viagem, até mesmo em alguns dias de chuva, como por exemplo, o dia em que subimos o Dedo de Deus: Choveu a noite e a manhã inteira. Saímos por volta do meio dia, garoando. Subimos pela via Teixeira em 4h20min desde a estrada. No cume o tempo estava totalmente encoberto, sem nenhuma visibilidade... mas valeu o dia e o exercício.

Ao longo da viagem, passamos pelos seguintes lugares:


- Pedrão (Pedralva, MG; 29/Junho/1999): via Evolução (350m)

- Pedra da Piedade (Itajubá): vias diversas

- São Bento do Sapucaí: Pedra do Baú, Pedra do Bauzinho, Pedra da Divisa, Pedra da Divisa, Falésia Vista Aérea, Falésia do Alto Serrano - vias diversas

- Serra do Cipó, Gruta da Lapinha e Baú de Minas: vias diversas

- Pico do Baiano 2016m (Caraça, MG; 14/Julho/1999): via Obra do Acaso (650m) - primeira repetição

- Serra do Lenheiro (São João Del Rei): vias diversas

- Pico Dedo de Deus 1692m (Serra dos Órgãos, RJ; 18/Julho/1999)

- Escalavrado 1406m (Serra dos Órgãos, RJ; 19/Julho/1999): via normal
- Escalavrado 1406m (Serra dos Órgãos, RJ): via Infinita Highway (720m) - 6º repetição

- Caixa de Fósforos 1750m (Serra dos Três Picos, RJ; 23/Julho/1999)

- Capacete 2100m (Serra dos Três Picos, RJ): vias CERJ (400m), Colé Cumpadi (250m), Sérgio Jacob (160m), Rodolfo Chermont (200m).

- Pico Maior 2316m (Serra dos Três Picos, RJ): vias Leste (700m), Silvio Mendes (400m) e Cidade dos Ventos (400m).


Foto: Pedrão, em Pedralva (MG)


Foto: Pedra do Baú, em São Bento do Sapucaí (SP)



Foto: Roberto Lacaze escalando no "Baú de Minas" (MG)




Foto: Pico do Baiano (2016m), na Serra do Caraça



Foto: Serra do Lenheiro, São João Del Rei (MG)



Foto: Roberto Lacaze escalando em "artificial" no Lenheiro (Minas Gerais)



Foto: Os Três Picos de Salinas e o Capacete, no município de Nova Friburgo (RJ)


Foto: O Pico Maior (2316m), em Nova Friburgo (RJ)

Foto: Roberto Lacaze no topo do Pico Maior (2316m), em Nova Friburgo (RJ)

Abaixo está uma relação das vias de grandes paredes escaladas nessa viagem. Escalamos também diversas outras vias tradicionais em paredes menores, assim como vias esportivas.



- Infinita Highway ( 5 VI (A0 / VIIb) / 720 metros), 6a repetição, Pico do Escalavrado, Serra dos Órgãos;

- Obra do Acaso ( 5 VI (A0 / VIIc) / 650 metros), 1a repetição, Pico do Baiano, Caraça;

- Cidade dos Ventos ( 6 VIIa / 400 metros), Pico Maior, Salinas;

- Leste ( 4 V A0 / 700 metros), Pico Maior, Salinas;

- Sílvio Mendes ( 4 V A0 / 400 metros), Pico Maior, Salinas;

- CERJ ( 4 V A0 / 400 metros), Pico do Capacete, Salinas;

- Colé Cumpadi ( 4 VI / 250 metros), Pico do Capacete, Salinas;

- Rodolfo Chermont ( 4 V A0 / 200 metros), Pico do Capacete, Salinas;

- Sérgio Jacob ( 4 V / 160 metros), Pico do Capacete, Salinas;

- Evolução ( 5 Vsup / 350 metros), Pedrão, Pedralva.




Voltando de viagem, continuei fazendo várias escaladas interessantes por perto de São Paulo, principalmente nos finais de semana:


Foto: Roberto Lacaze escalando no Parque Nacional de Itatiaia


Foto: Cláudio Murano na via "Veneno Anti-Monotonia", na Falésia Vista Aérea, em São Bento do Sapucaí (SP). O Filippo Croso está fazendo a segurança e a foto foi tirada por Roberto Lacaze.



Também caminhei pela Serra Fina e fiz algumas escaladas na região de Itatiaia, entre elas na Pedra do Picu:


- Picu 2050m (Serra do Picu, MG; 13/Setembro/1999)



Foto: Pedra do Picu (2050m)

Foto: A Serra Fina, vista do maciço de Itatiaia

Foto: Paredão Enamorados, no maciço de Itatiaia, próximo à "Garganta do Registro". Muito admirei e sonhei abrir alguma via nessa parede. No entanto, esses planos foram sendo temporariamente adiados...




Nesse período abri algumas vias nas regiões de Andradas e Bragança Paulista.

Andradas era um novo local de escalada em rocha, com enorme potencial, que estávamos explorando e trabalhando na conquista das primeiras vias.

Entre as escaladas frequentes, algumas vezes também me dediquei a conhecer as cavernas do PETAR:

Foto: Caverna Sete Lagos, no Núcleo Cablocos, PETAR, no sul do estado de São Paulo



Estive "desempregado" durante esse ano, sem trabalho formal, apenas realizando trabalhos ligados ao montanhismo e caminhadas. Foi um ano bem produtivo em termos de escaladas em rocha e também de caminhadas em geral.


Texto e Fotos: Roberto Lacaze

Nepal - Everest Marathon - 1999

No final de 1998 conheci um triatleta profissional chamado Sérgio Cordeiro, que estava com planos de correr uma maratona de altitude no Nepal: a Everest Marathon, a maratona mais alta do mundo. Ele estava buscando alguém que pudesse orientá-lo na aclimatação à altitude para essa competição e, através do Clube Alpino Paulista, me conheceu e convidou para esse trabalho.

Assim, em fevereiro de 1999, fomos passar duas semanas em Mendoza, na Argentina, onde fomos para o Cordón del Plata. Junto com nós também estava meu amigo Pedro. Fizemos o processo de aclimatação e subimos até uns 5300m. Depois, voltamos para Brasil, para terminarmos os preparativos para a viagem ao Nepal.

Em meados de março, então, eu e o Sérgio partimos para Londres. Após 5 dias em Londres, pegamos um vôo para Deli, na Índia, onde tivemos que passar uma noite, devido uma greve na companhia aérea que nos levaria ao Nepal. Chegando em Kathmandu, no Nepal, passamos alguns dias conhecendo a cidade. Então iniciamos, juntamente com toda equipe da competição, uma caminhada de duas semanas, desde Jiri, passando por Namche Bazar e seguindo até Gorak Shep, à 5200m, onde se daria a largada da maratona. A chegada da corrida foi em Namche Bazar. O Sérgio ficou em nono colocado na competição.
Aproveitei também para subir Kala Patar, próximo a base do Everest, de onde se tem uma linda vista da maior montanha do mundo.

- Kala Patar 5623m (Kumbu, Himalaya, Nepal; 10/Abril/1999)
De Namche Bazar, retornamos caminhando até Lukla, onde pegamos um vôo para Kathmandu. Depois desses 30 dias de grandes experiências no Nepal, retornamos ao Brasil, voando com escalas em Deli e Londres.



Foto: Acampamento "Piedra Grande", no Cordón del Plata, Mendoza, Argentina. Antes de ir para o Nepal, passamos duas semanas na Argentina. Essa foi a preparação e aclimatação para a viagem ao Nepal e a Everest Marathon (a maratona mais alta do mundo, próxima da base do monte Everest).

Foto: Vista de Kathmandu, a capital do Nepal. Apesar da enorme beleza cultural, é uma cidade suja, poluída e com bastante pobreza.


Foto: Uma stupa budista em Kathmandu. A riqueza cultural nepalesa é fascinante.

Foto: Caminhando na cadeia de montanhas do Khumbu, no Himalaia. Ao fundo pode-se ver o Ama Dablam, uma das montanhas mais conhecidas e belas da região.
Foto: Ama Dablam, visto no pôr-do-sol.


Foto: Pôr-do-sol nas montanhas do Khumbu, no Himalaia. Ao fundo vê-se o Lhotse (à direita, entre as nuvens), a quarta montanha maior do mundo, com 8501m; e o Nuptse (à esquerda), com aproximadamente 7850m. Atrás do Nuptse é possível também enxergar a ponta do Everest, com 8848m.

Foto: Algumas das belas montanhas do Khumbu, no Himalaia.

Foto: Uma stupa budista na região do Khumbu, no Himalaia.

Foto: Um yaque: o boi himalaiano, totalmente adaptado às condições de frio e altitude.

Foto: Caminhando na cadeia de montanhas do Khumbu, no Himalaia. Ao fundo está o Pumori, com mais de 7000m de altitude.

Foram 2 semanas de caminhada desde o povoado de Jiri até Gorak Shep, à 5200m, onde se deu a largada da maratona. A corrida, de 42km, percorreu terreno acidentado, por trilhas, desde Gorak Shep (próximo à base do Everest) até a cidade de Namche Bazar.


Foto: O Everest, a mais alta montanha do mundo, com 8848m de altitude.

Foto: O Lhotse (à direita): é a quarta montanha mais alta do mundo, com 8501m.

Foto: Aeroporto de Lukla, de onde pegamos um vôo de volta para Kathmandu, após três semanas de caminhadas pelas montanhas do Himalaia e após o Sérgio Cordeiro correr a Everest Marathon, a maratona mais alta do mundo. O aeroporto está encravado na borda de um vale e a pista é uma rampa de cascalho.


Texto e fotos: Roberto Lacaze