Laguna Diamante (Argentina) - Viagem de carro pela Argentina e Uruguai (Parte 7)

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No dia 08/01/2008 deixamos Los Arenales e seguimos viagem, descendo de volta até Manzano Histórico, pegando a Ruta 40 e continuando no rumo sul. Nosso objetivo era a Laguna Diamante. Um lindo lago localizado na Cordilheira dos Andes, à 3300 metros de altitude, aos pés do Vulcão Maipo (5270m). A espetacular paisagem da região foi retratada por Antoine de Saint-Exupéry no livro Vento, Areia e Estrelas.

A estrada que sobe até a Laguna Diamante estava bastante ruim, com muitas pedras que batiam no fundo do nosso pobre carro. Estávamos com um Celta 1.0, que não é nada apropriado para esse tipo de terreno. O ideal seria um 4x4. Mas felizmente nosso carrinho foi guerreiro e aguentou bem a viagem. Fomos bem devagar e gastamos muito mais tempo do que imaginávamos. Porém, a paisagem da viagem foi recompensadora: Um cenário árido, cercado de montanhas nevadas. No caminho cruzamos vários bandos de guanacos. Em seu ponto mais alto a estrada chega aos 3700m de altitude. E depois desce até o lago, que está à 3300m. Passamos pelos guardaparques, onde nos registramos. Então, seguimos pela estradinha de terra, contornando o lago pelo sul, e acampamos na borda sudoeste do lago, próximo à um posto militar. Estacionamos o carro e montamos a barraca ao lado das ‘morenas’ que descem desde o Maipo. Passeamos um pouco pela borda do lago e o Rio Diamante, aproveitando o lindo visual de final de tarde. De volta ao acampamento cozinhamos lentilhas para o jantar e ganhamos um pedaço de truta de nossos vizinhos, um grupo de pescadores que estava acampado ao lado. (A Laguna Diamante é bastante frequentada para pesca esportiva).


Paisagem árida, subindo a Cordilheira dos Andes rumo à Laguna Diamante





Guanaco


Chegando na Laguna Diamante


O Rio Diamante desaguando na Laguna Diamante. Acampamos próximo deste local.


Rio Diamante





No nosso acampamento, próximo à margem sudoeste do lago, à 3300m de altitude.


Cozinhando o jantar na porta da barraca


Entardecer nos Andes


Acordamos tarde no dia seguinte (09/01) e fomos passear um pouco. Seguimos de carro pela estrada alguns quilômetros adiante, no rumo da fronteira com o Chile, logo ao sul do Vulcão Maipo. A fronteira é fechada, proíbida de cruzar. Depois voltamos até a Laguna Diamante e fomos conhecer o seu lado leste. Ao passar pelos guardaparques, buscamos informações sobre a subida do Vulcão Maipo. Descobrimos que precisávamos preencher um formulário junto aos guardaparques e a gendarmeria. Este formulário deveríamos ter preenchido na parte baixa do parque, quando passamos pelo primeiro posto de guardaparques e entramos na reserva. Mas eles disseram que quanto a isso não teria problema pois podiam pedir para seus colegas da parte baixa do parque enviarem o tal formulário. Combinamos então que eles enviariam durante a tarde. Voltamos para nosso acampamento e almoçamos um macarrão. De tarde, devido ao vento forte, mudamos a barraca para um lugar um pouco mais protegido. Tomamos chimarrão e ficamos pelo acampamento. No final da tarde fomos falar com os guardaparques sobre a permissão para subir o Maipo. Eles falaram que a previsão estava alertando para a entrada uma frente fria nos próximos dias e que era recomendado que tivéssemos botas duplas e crampons para escalada em gelo. Nós não estávamos com botas duplas. E eu também não achava indispensável ter as botas duplas, pois já tinha subido outras montanhas na região simplesmente com botas de caminhada. Nessa época do ano havia muito pouca neve no Maipo, que não é uma montanha tão alta. E poderíamos muito bem esperar passar a tal frente fria e subir a montanha em seguida. Porém, parecia que os guadaparques não queriam facilitar muito nosso passeio. Assim, mais convencidos pela burocracia do parque do que pelos riscos sugeridos pelos guardaparques, decidimos desistir da subida e seguir nossa viagem. Então, voltamos para nosso acampamento, cozinhamos um arroz para o jantar e fomos dormir, preparados para partir no dia seguinte.


Um bando de guanacos, com o Vulcão Maipo (5270m) ao fundo.


Rio Diamante e o Vulcão Maipo (5270m)


Guanacos


Vulcão Maipo (5270m) e a Laguna Diamante (3300m)


Guanaco mamando


Guanacos


Acordamos cedo no dia 10/01. Estava ventando bastante. Desmontamos a barraca e saímos às 8:15. Deixamos a Laguna Diamante e continuamos nossa viagem. Voltamos pela Ruta 98, por onde tínhamos vindo até a Laguna Diamante, até chegarmos novamente na Ruta 101. Então, tomamos o rumo sul de seguimos viagem. Viajamos horas e horas por estrada de cascalho. Estrada horrível. Porém, passando por bonitas paisagens e lugares bastante desertos. Quilômetros e mais quilômetros sem cruzar com ninguém. De vez em quando apenas passávamos por algumas fazendas. Assim fomos seguindo, com o objetivo de chegar em Las Leñas.




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