Talampaya e Ischigualasto (Argentina) - Viagem de carro pela Argentina e Uruguai (Parte 3)

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Dia 01/01/2008 deixamos Los Gigantes e seguimos viagem no sentido noroeste, por um trecho longo de estrada de terra. Depois de cerca de 2 horas de viagem, alcançamos finalmente uma estrada de asfalto. Seguimos em frente, pois ainda tínhamos um longo dia de viagem. À princípio, nossa idéia era chegar em dois dias na região do Vale da Lua. No entanto, não encontramos boas opções de hospedagem ao longo do caminho e resolvemos então ir direto. A paisagem era bastante árida e fazia muito calor. Chegamos na entrada do Parque Nacional Talampaya às 20:00. Era final de tarde e o parque já estava fechado. Optamos por não acampar no parque e seguir uns 30km mais adiante, até o vilarejo de Pagancillo. Já estava escurecendo quando chegamos no povoado. Encontramos uma hospedagem para ficar e saímos para comprar pão e queijo para o “jantar”.

No dia seguinte (02/01) tomamos o café-da-manhã na hospedagem e arrumamos nossas coisas para seguir viagem. Passamos no posto de gasolina para abastecer mas eles não aceitavam dólar. Nós não estávamos com muito dinheiro em ‘pesos’ e gastamos o pouco que tínhamos para colocar um pouquinho de gasolina no carro. Estar com o tanque vazio nesta região é um sério problema, pois as distâncias são longas e quase não há postos de combustível. E o nosso tanque estava baixo! Talvez não tivéssemos gasolina suficiente para chegar no próximo povoado, mas teríamos que arriscar e tentar economizar ao máximo o combustível.

Assim, fomos até o Parque Nacional Talampaya, onde felizmente eles aceitavam dólar para pagar a entrada. A visitação no parque é feita através de uma excurção, com veículo do parque. O passeio começou às 10:00. Entramos no Canyon Talampaya, onde pudemos ver paredes e formações rochosas espetaculares (tais como a “Catedral”, o “Monje”, a “Torre” e outras), além de inscrições rupestres e a fauna e flora típica da região. As paisagens são incríveis! Foi uma bela excursão, onde ficamos nos sentindo um pouco como “senhores gringos” (passeio de carro, no conforto, tudo organizado, com guia turístico, etc.). Mas valeu a pena.

Um ‘zorro’ (raposa), na entrada do Parque Nacional Talampaya


Árvore na entrada do cânion de Talampaya


Os paredões de arenito do cânion Talampaya. No fundo do cânion, onde há mais sombra e umidade, existe uma mata.


Olhando para cima, dentro de uma das canaletas dos paredões de arenito do cânion Talampaya


Inscrições rupestres no Parque Nacional Talampaya: Eram os deuses astronautas?


Apesar das condições desérticas da região, dentro do cânion, devido a existência de sombra, as plantas conseguem reter mais água, podendo assim se desenvolver.


Árvores dentro do cânion Talampaya


Tronco de árvore: casca grossa


Cactus


Vegetação dentro do cânion Talampaya


Os paredões de arenito do Talampaya


Parque Nacional Talampaya


Formações curiosas de arenito


Vegetação e rocha, no Talampaya





Paredões de arenito, no Parque Nacional Talampaya


Mara, um animal nativo da região


Parque Nacional Talampaya


"El Totem" e "La Torre", no Parque Nacional Talampaya


"La Torre", no Parque Nacional Talampaya


"El Monje", no Parque Nacional Talampaya


Deixamos então o parque Talampaya e seguimos de carro até o Parque Provincial Ischigualasto, também conhecido por Valle de La Luna. Estávamos preocupados com nossa pouca gasolina e também com o fato de que não tínhamos mais pesos – somente dólares. O próximo posto de gasolina estava a cerca de 200km de distância.

Chegamos no parque Ischigualasto, que está perto do Talampaya, e, por nossa sorte eles também aceitaram que pagássemos o valor da entrada com dólares. A visitação neste parque é feita através de uma excursão guiada onde os turistas fazem um trajeto determinado, com seu próprio carro, porém seguindo o carro do parque. Preocupados com a gasolina, fizemos as contas de quantos litros gastaríamos para fazer este passeio dentro do parque e também quanto ainda precisávamos para chegar na próxima cidade. E vimos que talvez não daria. Então resolvemos pedir carona para fazer o passeio junto com alguém que estivesse com o carro vazio. Pedimos para um casal de argentinos, que topou, na boa. E assim, deixamos nosso carro na entrada do parque e fizemos o circuito de visitação de carona no carro deste casal.

O parque é muito bonito. No passeio vimos várias formações rochosas curiosas (tais como a “Gata”, o “Campo de Bocha”, o “Submarino”, o “Cogumelo”, entre outras), além de fósseis. Cruzamos também com um bando de guanacos na beira da estradinha de terra. No final do passeio visitamos o museu arqueológico do parque, onde estão alguns fósseis de dinossauros.

Folha fossilizada, no Parque Ischigualasto


Valle de La Luna


Parque Provincial Ischigualasto


Vegetação no Parque Ischigualasto


"Campo de Bocha", no Parque Provincial Ischigualasto


Ischigualasto


"El Submarino"


"El Submarino", no Parque Provincial Ischigualasto


"El Hongo", no Parque Ischigualasto


O museu do Parque Ishigualasto. Na região foram descobertos vários fósseis de dinossauros.


Após visitar o parque Ischigualasto, pegamos novamente nosso carro e continuamos a viagem. Felizmente a gasolina foi suficiente e chegamos “sãos e salvos” no povoado de San Agustin, onde trocamos dólares (conseguimos cambiar com o dono do mercado), abastecemos o carro e ficamos em uma ‘hospedaje’. De noite comemos pizza e tomamos cerveja em um restaurante.

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